Os ativistas se concentraram na praça Raul Soares e seguiram para o Mercado. A mobilização teve a presença da deputada federal Duda Salabert (PDT) que citou dados da OMS que comprovam que 100% das últimas pandemias foram de origem zoonótica.
“Estamos discutindo os direitos dos animais mas é mais que isso: estamos discutindo a saúde pública de Belo Horizonte. É impossível morar numa capital onde no seu coração há um mercado onde são vendidos seis mil animais”, denunciou Duda, ao pontuar que não se pode compactuar com a violência contra os animais.
“Não há coisa mais medieval que a venda de animais. Já existe uma lei em Belo Horizonte que proíbe o comércio de animais onde se vende comida, mas aqui não se respeita”, apontou a deputada ao falar que “não só o judiciário está envolvido nessa barbárie, mas também o legislativo e o executivo”.
“Essa mobilização foi a primeira, mas nós vamos repetir várias vezes, pelo menos uma vez por mês, vamos para a porta da Prefeitura, vamos para a porta da Assembleia porque essa luta aqui não é ideológica, é uma luta por saúde”, destacou Duda.
O ativista Franklin Oliveira apontou a convivência da Vigilância Sanitária, Zoonoses e Secretaria de Saúde de BH, além do judiciário.
“Estou na causa há 43 anos, quantas vezes entrei no Mercado com a Polícia Ambiental, Vigilância Sanitária, Ibama, IEF, fomos para a delegacia, Juizado Especial mas nada acontece! Os órgãos de fiscalização não agem nessa cidade, são todos coniventes e o que mais me deixa indignado é que membros da Justiça, juízes, desembargadores, policiais, coronéis, uma gama de autoridades frequenta o Mercado Central e nada fazem, nada fazem! E os animais morrem”, bradou Franklin ao lembrar que antes jogavam os animais mortos nas lixeiras no passeio do Mercado mas hoje não fazem mais isso.